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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Análise de Poesia


O viver que grita muito não diz nada
a morte ao dizer tudo é bem calada.
(Jorge de Sena)
Poesia de apenas duas estrofes (dístico) mas muito significativa visto que demonstra a distinção, em poucas palavras, entre a morte e a vida. Percebemos que na verdade, o grito começa logo ao nascer e vai se materializando em forma de poder, protesto, angústia, orgulho, dor, opressão  e combate pela sobrevivência. O grito é a essência do viver que precisa  fazer alarde e muitas vezes, é um grito amordaçado,  inaudível como o grito dos excluídos e oprimidos por nada terem, o grito é a marca da humanidade. Já a morte é a resposta para esse grito, pois com ela findam-se as dores, as dúvidas, os medos, as angústias e o orgulho no plano terreno. Ela é o ponto final de um breve parágrafo, a vida,  e ela é a solução que emudece o mais poderoso e o mais simples dos homens. Não faz distinção de pessoas, não é preconceituosa, coloca todos no mesmo nível e diante de sua presença não é preciso dizer mais nada. No campo espiritual, só um tem o poder sobre ela, Jesus, o flho de Deus.

Bom dia

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