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sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Tempo e a Brevidade da Vida


"Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo de passá-la a limpo."
(Mario Quintana)

Estava aqui admirando uma foto antiga de meu pai, minha mãe e meu irmão ainda bebezinho. É uma foto  muito bonita. 

Ambos jovens e quem sabe, tão cheios de sonhos. Ele se foi cedo e não presenciou as vitórias que tive e tenho.

Ela na foto de olhar austero, firme como se tivesse toda a garra de uma leoa; de repente me vem a imagem atual dela e que contraste, o tempo é sim, implacável, passa para todos. 

Fiquei então cá meditando que a vida da gente se assemelha a uma folha novinha, verde ao nascer nas árvores.

No entanto, dia a dia vão perdendo o viço do verde até que se tornam amarelas e um vento mais forte as lançam no chão e com o passar do tempo se misturam à mãe natureza. Afinal de contas, qual é o sentido da vida? 

Eu diria que a vida é uma escola onde viemos para aprender a duras penas mas nunca sabemos tudo visto que as lições que recebemos da vida são inexoráveis, todavia, para quem é bem atento, aprende a viver.  São nas experiências mais cruéis que  nos refinamos enquanto seres humanos.

Aqui, os antigos afirmam sempre: "vivendo e aprendendo" e eles têm razão haja vista que somos seres imperfeitos e determinadas virtudes como humildade e mansidão, não raras vezes,  só aprendemos depois  de muito sofrimento. 

Obviamente que nem todos precisam passar por situações penosas pois desde o berço já trazem consigo o emblema da humildade.

O importante para nós é sabermos digerir cada queda, advinda de quem age para o nosso mal e aproveitar o tempo que passa o qual tanto nos ensina. 

Sim, meus amigos e amigas, tudo passa rapidamente e convém sabermos aproveitar a chance que temos agora de aprender, colocando em mente as seguintes prioridades:

AMAR HOJE
SORRIR HOJE
CHORAR HOJE
É IMPRESCINDÍVEL:VIVER O HOJE.

Pois o ONTEM já se foi e no AMANHÃ talvez nem estejamos mais por aqui. A vida se faz no PRESENTE, NO HOJE. 

Sobre isso, olha que poema lindo do Gregório de Matos:

DISCRETA E FORMOSÍSSIMA, MARIA

Gregório de Matos

Discreta e formosíssima Maria,
Enquanto estamos vendo a qualquer hora
Em tuas faces a rosada Aurora,
Em teus olhos, e boca o Sol, e o dia:

Enquanto com gentil descortesia
O ar, que fresco Adônis te namora,
Te espalha a rica trança voadora,
Quando vem passear-te pela fria:

Goza, goza da flor da mocidade,
Que o tempo trota a toda ligeireza,
E imprime em toda a flor sua pisada.

Oh não aguardes, que a madura idade
Te converta em flor, essa beleza
Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.


Boa noite, vou correndo cumprir mais um horário. Bom fim de semana a vocês, meus amores.

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