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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Poesia Internacional: Ainda Assim, eu me levanto.


Essa mulher é maravilhosa, gente. Tive o prazer de ler sobre ela na disciplina optativa que fiz no curso de Letras e o nome da disciplina é Literatura Internacional. Obviamente que amante da literatura que sou, viajei nas letras, entrando em contato com vários autores. Esta senhora é dos Estados Unidos e não teve uma vida nada fácil. O nome dela artístico é Maya Angelou e o real é Margarite Johnson, nascida em 1928 . Aos 7 anos foi estuprada pelo namorado da mãe, fato que só foi superado com a ajuda de uma vizinha; Aos 17 anos, mãe solteira o que para aquela época foi um escândalo, depois no mesmo ano foi trabalhar como motorista de ônibus, sendo a primeira mulher negra a exercer a profissão. Mais tarde, ela se dedicou ao meio artístico, se tornando roteirista, poetisa, enfim, uma grande escritora. Atualmente mora em Winston -Salem, Carolina do Norte. Olha ela aqui com o Barack Obama:




O poema que vou deixar é muito conhecido e toca fundo a alma da gente. Principalmente para nós mulheres, leiam e reflitam, vamos com ele aprender como superamos os traumas de quem passou pela nossa vida, só para nos maltratar. Paz e bem.  

(Pax et bonum)  

\O/





 
      AINDA ASSIM, EU ME LEVANTO

      Maya Angelou 


         
      Você pode me riscar da História  
      Com mentiras lançadas ao ar.  
      Pode me jogar contra o chão de terra,  
      Mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.  
      Minha presença o incomoda?  
      Por que meu brilho o intimida?  
      Porque eu caminho como quem possui  
      Riquezas dignas do grego Midas.  
      Como a lua e como o sol no céu,  
      Com a certeza da onda no mar,  
      Como a esperança emergindo na desgraça,  
      Assim eu vou me levantar.  
      Você não queria me ver quebrada?  
      Cabeça curvada e olhos para o chão?  
      Ombros caídos como as lágrimas,  
      Minh'alma enfraquecida pela solidão?  
      Meu orgulho o ofende?  
      Tenho certeza que sim  
      Porque eu rio como quem possui  
      Ouros escondidos em mim.  
      Pode me atirar palavras afiadas,  
      Dilacerar-me com seu olhar,  
      Você pode me matar em nome do ódio,  
      Mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.  
        
      Minha sensualidade incomoda?  
      Será que você se pergunta  
      Porquê eu danço como se tivesse  
      Um diamante onde as coxas se juntam?  
      Da favela, da humilhação imposta pela cor  
      Eu me levanto  
      De um passado enraizado na dor  
      Eu me levanto  
      Sou um oceano negro, profundo na fé,  
      Crescendo e expandindo-se como a maré.  
      Deixando para trás noites de terror e atrocidade  
      Eu me levanto  
      Em direção a um novo dia de intensa claridade  
      Eu me levanto  
      Trazendo comigo o dom de meus antepassados,  
      Eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado.  
      E assim, eu me levanto  
      Eu me levanto  
      Eu me levanto.  
        

        

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