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sábado, 22 de outubro de 2011

Fases da superação da dor da Paixão: a uma amiga.


"Toda separação nos mutila, por que quando amamos de verdade, são pedaços que são retirados de nós."  ( Danilo Borges Porto )

Só pode entender a dor de um amor ou paixão não correspondidos quem já passou por esse drama; o que nos leva a um sofrimento terrível é o fato de prolongarmos uma relação sem futuro onde já foi salientado nos posts anteriores que ao nos apaixonarmos, somos cometidos por um tipo de alienação a qual nos cega, e não conseguimos ver a realidade. Todos vêem mas insistimos em ver só aquilo que queremos e afinal, todo/a apaixonado/a  fica encantado/a  pela outra pessoa envolvida. Se os dois nutrirem o mesmo encantamento, ambos serão felizes, podendo esse sentimento culminar em amor. Quando a paixão só termina para um dos dois envolvidos, o sofrimento e a angústia acompanharão por um bom tempo, o coração magoado que não compreende como alguém pôde recusar tanto amor. Neste momento é hora da travessia onde a ponte que deve ser percorrida é a ponte chamada desespero pois a idéia de rejeição é intensa e a pessoa se sente um lixo, chegando ao ponto de perder seu amor próprio  e até mesmo se humilhar. Essa é a primeira fase da dor cuja carência parece congelar a alma - aqui a pior parte da ponte, está sendo atravessada. O tempo vai passando devagar e a pessoa caminha, lentamente em meio à lama, tal é seu estágio mental embaralhado, ainda não compreendendo porque justamente com ela, isto foi acontecer. O tempo que se leva para ultrapassar este estágio, depende da forma como a pessoa encara o sofrimento; a próxima caminhada terá pela frente, um chão de espinhos a percorrer. Nasce um misto de amor e ódio, prevalecendo o ódio de estar sofrendo por quem não merece e tampouco se importa com o fato de que seu/sua ex parceiro ou parceira está noites sem dormir, sem conseguir esquecê-lo/a. Neste sentido, a tortura mental é grande. Mas é a partir desse ódio momentâneo que começará a etapa do alívio, não do esquecimento total. Nem todos passam pela fase do ódio, sofrem calados, resignados. Na minha experiência pessoal é melhor passar pela fase do ódio para arrancar essa erva daninha pela raiz. Quem sofre resignado/a, tem tudo para manter uma esperança que, certamente nunca virá, apenas serve para prolongar o sofrimento. Avançamos para a última parte da ponte na qual começa-se a enxergar os defeitos da/o ex e é com esse alimento que a alma se libertará. Com os defeitos vindo à tona, a pessoa se pergunta: como pude ser tão boba, tão cega ? Com essa pergunta, atravessa-se a ponte e a cada passada mais claridade vemos, atingindo a libertação dessa prisão mental. O tempo que tudo sara, vai cicatrizando a ferida, restando apenas uma cicatriz. Desta forma, da próxima vez que houver outro relacionamento, com certeza, quem já foi vítima desse mal, terá muito cuidado, antes de se envolver completamente. É a terceira vez que bato nesta tecla, desta vez, estou sendo solidária a uma amiga virtual que está atravessando esta ponte e muito me comove a dor que ela sente. Saiba, minha amiga distante, não há ninguém mais poderoso do que Deus, tenha fé pois quem me fez andar por essa ponte, já recebeu em dor, o dobro do que sofri. A justiça vem do alto, sempre, basta crer em Jesus.



                                                       Scarlet Wind 

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