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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sandra: segunda Vítima do Amor ...

"O sofrimento nos constrói ou nos destrói."
( Augusto Cury )

Tudo o que venho narrando se baseiam em histórias reais. Contarei mais esta história e darei um tempo neste tema por ser muito deprimente. Vamos lá: meu tio começou a namorar Sandra e aparentemente, eles eram muito felizes. Ela, flor fina da sociedade amazonense, ele, classe média normal. Pareciam combinar muito a despeito da diferença de classe social. Ele, muito romântico e ela também. Ficaram noivos numa festa muito badalada por aqui e começaram a preparar tudo para o casamento, programado para quando ele voltasse de um curso que faria no Rio de Janeiro. Ele era sargento da Marinha, um homem muito bonito, ela, fazia Medicina. Trocavam sempre correspondência e tudo corria bem. Ele voltou uns meses depois e marcaram a data para quando ele voltasse do curso. O tempo foi passando e a data do casamento chegando e os convites devidamente distribuídos. Já era tempo de ele ter voltado e não mandava notícias; a família da moça, começou a pressionar nossa família. Enfim ele enviou, três dias antes do casamento uma carta a Sandra, dizendo que não haveria mais casamento porque ele havia se apaixonado por uma mulher de Recife e não conseguiria mais viver sem ela. A mulher havia deixado o marido porque ele a esbofeteou e trabalhava lavando roupas dos militares. Ele terminou a carta, desejando que Sandra fosse muito feliz pois tinha tudo pra ser. ( Esse tipo de carta é muito dolorosa para quem recebe ). Sandra que esperava uma carta na qual meu tio dissesse que estava chegando, se desesperou, deixou a carta na sala, se trancou no quarto, chorou muito e se enforcou. O telegrama foi enviado a meu tio que veio às pressas a Manaus mas foi proibido de ir ao velório; no outro dia, ele mandou que fizessem uma enorme tatuagem com letras bem grandes, do começo ao fim do braço esquerdo, assim escrito: Sandra Maria. Por sua vez, a família dela, revoltada, jogou todos os móveis na frente da casa da minha avó e ele voltou ao Rio, passando a viver com a minha tia, sendo tal união do desagrado de toda família. Não tenho o que comentar, sempre que bebia, ele olhava a tatuagem e chorava copiosamente. Vou terminar esta sessão de tristeza com uma frase de Saint Exúspery:
" Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."

By: Scarlet
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