"Um dia nós prometemos nunca nos separar, lembras ? É, eu não esqueci, sabe ? Não costumo mentir."
Amor é loteria, sim. Quem é feliz nesta parte afetiva, deve se considerar como alguém que ganhou o bilhete premiado sozinho. Há tanto desencontro de sentimento entre as pessoas que chego a pensar que certas pessoas nem deveriam cruzar o caminho de outras. Conheço um que assim faz: passa, ilude e desaparece.Bom, ele já havia me dito que é covarde. kkkkkkkk ... Ainda tem mais essa: quando ele sente que está se apegando, foge ! Foge sem se importar com o lastro de merda que deixou pra trás. kkkkkkk ... só fazendo da dor uma gargalhada. Mas vai chegar o dia do lobo beber água, ah! vai, sim. Tu hás de sentir sede, rapaz, e verás que aquela fonte limpinha, secou. Bom, deixando esses pormenores de lado, nesta madrugada eu estava lembrando de uns casos que presenciei de pessoas próximas a mim que se tornaram vítimas do amor: a primeira é a Renata, parece que as mulheres são mais propensas a sucumbir diante do amor não correspondido ... Como ia escrevendo, Renata tem vinte anos, foi aluna exemplar com notas altíssimas, estava sempre se destacando nas apresentações de trabalho; pois bem, há três anos atrás, Renata se apaixonou perdidamente por um colega da escola . Era bonito ver os dois estudando e namorando no recreio. Passou um ano e tudo parecia correr as mil maravilhas entre os dois. Até que certo fim de tarde, ele não compareceu à escola e a garota se preocupou, resolveu passar na casa dele e a mãe afirmou que ele havia saído sim para a escola. Renata ficou pensativa pois o namorado nunca havia "matado" aulas. Então ela não foi para casa, resolveu passar numa praça primeiro e lanchar. Em lá chegando, encontrou duas amigas e ficaram conversando. Subitamente, uma das amigas, começou a sugerir para voltarem porque estava ficando tarde. Renata e a outra levantaram e a mochila de Renata caiu. No que ela se virou para pegar, viu o namorado sentado embaixo de uma árvore com uma garota cuja cabeça estava nas pernas dele. Renata ficou sem ação, também não foi tomar satisfação. As colegas a conduziram para casa, sem que ela desse uma só palavra. E a partir daí, ela não veio mais à escola. As amigas me deram informações de que ela não mais voltaria visto que estava muito doente. Resolvi fazer uma visita e realmente não havia como naquela situação, Renata voltar. Passaram três meses, retornei a casa dela. A idade mental de Renata é de uma criança de oito anos. Ela está fazendo tratamento psicológico mas segundo a mãe, as chances de voltar a estudar são remotas. Como podemos observar, Renata investiu coração e alma num relacionamento que considerava recíproco e só o fato de vê-lo com outra, a fez desmoronar; evidente que isto não acontece com todas, ainda bem. Quanto ao namorado, prometeu ficar com ela na esperança de que ela voltasse a ser a mesma. Depois de um ano, ele desistiu e está noivo de outra. Assim é a vida. Vez em quando a encontro no supermercado com a mãe: usa uns enfeites na cabeça e traz sempre consigo um ursinho, ganho do ex quando ainda namoravam. Segundo a mãe, ela não larga o ursinho nem para dormir. Faz tratamento psiquiátrico e terapia, sem sucesso. Fica a pergunta: viver um amor com essas consequências, não seria melhor nunca tê-lo vivido ?
