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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Poesia portuguesa: Bela ... século XIX

Bela, de Severiano Cardoso

O teu olhar imita o diamante
tuas faces são pétalas de maio,
cobre-te o sol com xale cintilante
te encoifa a lua em lânguido desmaio.

Quisera em trono para dar-te em paga
da inspiração que acorda o teu olhar
por onde eu vejo se escoando a vaga
de um êxtase que pode me matar.

A vida inteira, Oh! bela, o mar espraia
algas e pérolas, conchas e corais
tua beleza, também nunca desmaia,

Tem a luz crepitante dos cristais.
Estrela do Oriente, contemplai-a
e vede se mais bela existe, mais !

By: Scarlet - enviada por Rachid.

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