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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Traumas da Infância : cobras


Nasci à margem esquerda do Rio Negro, em Manaus. Durante as cheias, as cobras, principalmente a sucuri, vinham em busca de alimentação: porcos, galinhas e dizem que também engoliam bois, jacarés e até pessoas que desapareciam misteriosamente. Eu ficava horrorizada ao ver cenas da sucuri, quando os caboclos a matavam e dentro dela havia um porco, por exemplo, e não era um porco pequeno não, mas sim porcos adultos. Esse tipo de cobra cresce muito e se torna perigosa, quando está faminta. Dizem que crescem até doze metros, não possui veneno, se alimenta de três em três meses e precisa de uma farta refeição. Esses ofídeos, invadem quintais onde existe rio. Durante a minha infância faziam parte do meu pesadelo porque onde morávamos, hoje chamado de Manaus Moderna que fica frontal ao rio Negro, recebíamos sempre a visita dessa anaconda da Amazônia. Ainda hoje, tenho pavor desse animal ou de outras de diferente raça. Morei também em Porto Murtinho - Mato Grosso do Sul, fronteira do Brasil com o Paraguai, o rio de lá se chama rio Apa e variados tipos de cobras fazem parte do cotidiano, como a caninana sem veneno, mas muito agressiva. Assustei-me quando após uma enchente, fui lavar louças e me deparei com uma saindo pela pia. Depois, apareceu outra no vaso do banheiro. A população ribeirinha dizia que esse tipo de cobra, anda sempre com o macho.


A coral, nesta região, era constantemente vista também. Quer dizer, tenho muitos motivos pra detestar esse animal abominável. Vi ainda as famosas cobras jararacas e cascavéis, conhecidas pelo forte veneno que possuem. Não gosto de lembrar e fecho o texto  visto que não superei o medo delas.

By: Scarlet & Wind

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