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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quando um Sonho é Abandonado.

"O meu maior sonho era trazer-te para a minha realidade."

A gente sonha, sonha e idealiza; passa a viver em função desse sonho a dois; de repente, a gente percebe que está sonhando sozinha. Não chegamos a essa conclusão de uma hora para outra, isso nos é mostrado, pelo tempo que vai passando; quando a pessoa que sonha com a gente, se afasta de nós por muitos dias, não dá satisfação de seus atos, começamos a pensar que sonhar sozinha não dá. Uma só pessoa não pode amar por dois. E aquele lindo sonho que era a mola propulsora da nossa vida, começa a enfraquecer, vai perdendo a nitidez e nos sentimos terrivelmente sós. Daí ele, o companheiro dos nossos sonhos, reaparece : sem sonhos, sem metas, sem planos. E quem ama fica observando perplexa, como pode alguém passar tanto tempo longe e não trazer consigo sequer a saudade.  Contudo, nesse ínterim em que esteve ausente, algo muda em nós. Sim, a gente começa a esquecer, não só os sonhos sonhados a dois, mas também o amor da própria pessoa. Afastamentos longos, sem satisfações, como se a outra pessoa nem existisse, são venenos que vão mitigando dia a dia o amor. Aos poucos, os sonhos vão se desfazendo, a realidade bate e temos que procurar maneiras de esquecer. Logo de início, a musa chora, se desespera de saudade; mas com o passar do tempo, o próprio tempo se encarrega de amenizar esse sofrimento e percebemos que, se não fazemos falta, se não há comunicação é porque o companheiro dos sonhos nos esqueceu. Nesse estágio, começa a fase da agonia do sonho, porém, o amor insiste em manter viva a esperança. Depois de um tempo, ele vai e volta, como se nada tivesse acontecido, como se fôssemos obrigadas a esperar resignadas  a hora em que ele quisesse voltar. Mas no jardim da vida, a plantinha que brotou o amor precisa de mimos e cuidados especiais. O carinho e a atenção são adubos para essa planta. Sem a água que representa a atenção, o cuidado, a presença, a plantinha começa a fenecer, estando agora já internada e muito doente. Ainda há tempo de salvar a plantinha, basta que a revigoremos com nossa assistência, protegendo e sonhando juntos. Caso contrário, a plantinha morre, levando consigo os sonhos. Viver sem sonhos é morrer em vida, é viver sem sentido, é abrir uma lacuna no peito, é viver apenas por viver. E até que outro sonho brote leva tempo e talvez já seja muito tarde para ousar e sonhar .  Saber compartilhar um sonho com quem se ama é ter esperanças de dias melhores, é estar vivo, é sentir que viver vale a pena. O contrário disso, é viver apenas por viver, é esperar a morte definitiva chegar, sem ter o prazer de viver intensamente na realidade, aquilo que antes era apenas um sonho.

By: Scarlet Mayara

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