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quarta-feira, 30 de março de 2011

A Criança ... O Tempo e o Amor ...

Aquela era uma noite de lua cheia diferente. Do fundo do quintal, um espetáculo maravilhoso era fotografado pelos olhos atentos da pequena garotinha de cinco anos. Sentada no colo do pai, apreciava a lua refletida nas águas do misterioso rio Negro... De repente, uma estrela cadente deu um salto na outra margem do rio; a menininha fez um pedido em secreto e em secreto o pai amado também fez o seu. Emudeceram por alguns instantes.  Então, o pai quebrou o silêncio e elogiava a bela noite enfeitada com infinitos números de estrelas brilhantes. A filha confirmava:
- É tudo tão lindo ! Parece um manto encantado !
- Sim, querida e esse quadro da natureza me lembra uma antiga poesia, quer ouvir ?
- Quero, murmurou a criança.
- Mas deves guardá-lo bem, promete ? Assim nunca esquecerás de mim.
- Prometo e vou guardar onde ninguém poderá me roubar: dentro do meu coração.
Emocionado, o jovem pai que sofria de uma doença grave declamou a poesia: 

As coisas boas do mundo,
Tu podes ter sem comprar: 

O sol, a lua, as estrelas...
As nuvens, a sombra, o mar...
Os pássaros lindos no ar,
Os jardins cheios de flores,
Os pensamentos, os sonhos. 

Tu não precisas pagar!
E os minutos de desejo,
E as horas de recordar...
As coisas boas do mundo,
Tu podes ter sem comprar.



Depois que o pai declamou , a pequena menina gravou na mente que poderia ter as coisas boas da vida, sem precisar gastar nada. Nunca esqueceu a poesia e dessa forma, mesmo depois de morto, seu pai se mantém vivo dentro de seu coração.
Hoje, na era da tecnologia, valores essencialmentes humanos são deixados de lado: o diálogo entre pais e filhos, e o afeto mútuo na família, estão sendo substituídos por objetos e brinquedos, como se objetos pudessem substituir o que de mais lindo a alma humana pode ter e sentir por seus semelhantes: o amor.

- Esse sentimento  não se encontra à venda !


By: Scarlet Mayara

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